Técnico cita exemplo de Levir Culpi, desligado do Atlético-MG mesmo com boa campanha no Brasileirão, e ressalta importância de título e vaga na Libertadores.
Vencer o Santos nesta quarta-feira, às 22h (horário de Brasília), por dois gols e levar o Palmeiras ao título da Copa do Brasil e a uma vaga na Taça Libertadores da América de 2016 é a missão do técnico Marcelo Oliveira. Não só pelos títulos, mas para afastar a pressão sobre ele. Sem ter certeza do que acontecerá, ele evita fazer projeções.
– Não tenho preocupação ou apego a emprego. Tenho apego ao trabalho, tenho orgulho de ser um profissional do Palmeiras. O que vai acontecer depois não posso afirmar, tenho de criar um ambiente intenso de trabalho e disputar o título para ganhar – disse, nesta terça-feira, na Academia de Futebol.
– Ela (pressão) existe a todo momento para todo mundo em todas as frentes. No Brasil é até um pouco diferente. O Levir Culpi ficou o tempo todo brigando pelo título e de repente virou frustrante. Aquele que fica 20 rodadas na zona de rebaixamento e consegue sair no fim vira herói. É uma coisa do Brasil.
Contratado em junho deste ano para substituir Oswaldo de Oliveira, Marcelo tem vínculo com o Palmeiras até o fim do ano que vem. Porém, não disputar a Libertadores seria um duro golpe ao planejamento traçado pela diretoria, e a sequência do técnico no clube ficaria novamente sob ameaça.
– Seria uma frustração, seria lamentável se não fossemos para a Libertadores. A partir do momento em que o Palmeiras se reestruturou, buscou dar as melhores condições, criou-se uma expectativa de todos, de você comemorar um título ou, no mínimo, ir à Libertadores – admitiu.
Sem chances de chegar à competição continental por meio do Campeonato Brasileiro, o Verdão confia na força como mandante para levar a primeira taça na arena. Jogando em seu novo estádio, o Palmeiras já eliminou Sampaio Corrêa, Internacional e Fluminense nesta Copa do Brasil. Vitória da Conquista, ASA e Cruzeiro foram as outras vítimas da equipe longe de São Paulo.
Como perdeu por 1 a 0 na primeira partida da decisão da Copa do Brasil, quarta passada, na Vila Belmiro, o Palmeiras precisa vencer por dois gols. Se vencer por um, leva a decisão às penalidades.